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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O que você faria?



60 segundos

 A poucos minutos atrás, eu estava rodeada de amigos, era fim de ano, e havíamos programado essa viajem para o Japão com muita antecedência  não havia nada que pudesse dar errado, quando de repente, senti como se o tempo tivesse parado, olhava para as pessoas ao meu redor, que riam, e demostravam alegria, mas eu as sentia vazias, era como se ninguém pudesse me ver, e talvez realmente não pudessem.
 Eu fiquei ali parada, sem saber para onde ir, parecia que nada mais fazia sentido, não podia sentir o meu corpo e não sabia como me comunicar com aquelas pessoas, mexi nos meus bolsos, e vi que não tinha sequer um tostão nem meu celular, estava no meio de um parque de diversões, haviam muitas luzes e barulho, eu olhava para as pessoas e ficava imaginando o que as movia, ou quem as movia.
 Depois de míseros segundos que na minha cabeça soaram como anos, eu continuava ali parada, sozinha, já não ouvia mais barulho, voltara a realidade, sentia algum tipo de dor que se espalhava por todo o meu corpo mas nem por um momento senti vontade de sair dali, em poucos segundos puder ver a minha vida inteira passar na minha cabeça.
  Agora podia ouvir o barulho dos bombeiros e as luzes de uma ambulância piscando, mas o que me restava era a vista para alguns pedaços que sobraram daquele carrinho da montanha russa, aquele era o meu fim, e eu o havia aceitado isso. Só então pude perceber, sempre foi e sempre será assim, nascemos sozinhos, e assim morreremos.




Por: Bruna Siqueira.

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